quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Rosa



Olha uma rosa,
Tão belo que é o seu cheiro
Compraria dúzias dela
Comprava-a por inteiro


Em seus picos afiados
Acho que já me piquei
Mas não há dor maior
Que a dor de quem já amei


Não tenho lembrança
De quantas já me picaram,
Pois a dor que sinto
Não foram elas que marcaram


Foste tu foi alguém
Que por aqui já passou
Entrou na minha vida
E por momentos tudo levou.


Hoje sorrio,
Quando por uma rosa passo
Pois por mais dor que ela me dê
Tudo se cura num só abraço.

Sente-me



Olha-me,
Olha-me como se fosse o ultimo dia,
Olha-me como se não ouve-se amanha.
Toca-me,
Toca-me como se nada existisse,
Toca-me em forma de desespero.
Por fim, sente-me.
Sente o meu sorriso,
Sente aquele abraço que te falta,
Sente,
Sente que tudo é ilusão.

Exige a ti a verdade,
Conto dar-ta talvez depois.
São manias ou caprichos,
Talvez…
Quem sou?
Poetisa escondida entre linhas,
Forasteira de uma vida,
Consagrada de um destino
Longínquo quase sem regresso
Conto voltar,
Pelo menos, é o que peço.